terça-feira, 14 de junho de 2011

Saiba como identificar a Depressão


Especialistas em transtornos emocionais são contundentes: depressão é doença e precisa ser tratada adequadamente. Nessa matéria, procura-se esclarecer aspectos desse mal que atinge milhões de pessoas no Brasil e no Mundo. Confira!
O QUE É
Depressão é doença. Diferente da tristeza e da melancolia, que são sentimentos de curta duração, e geralmente decorrentes de estímulos externos (notícia ruim, fatos trágicos) ou internos (lembranças do passado), a depressão faz parte dos Transtornos do Humor, também conhecidos como Doenças Afetivas. No Brasil, 15 a 25%, aproximadamente 30 milhões de pessoas, apresentam ou apresentaram pelo menos um episódio depressivo ao longo da vida, embora poucas busquem tratamento adequado, principalmente por falta de informação.
A QUEM ATINGE?
Pessoas de ambos os sexos podem apresentar depressão. As mulheres são mais vulneráveis, na proporção de duas para cada homem. A faixa etária em que comumente aparecem os sintomas é de 25 a 30 anos. Porém, crianças e adolescentes, assim como os idosos, também podem ser acometidos.
CAUSAS
Não existem causas bem definidas da depressão. Acredita-se que as crises acontecem devido a soma de múltiplos fatores, que podem variar de pessoa para pessoa, de acordo com uma tendência maior ou menor para a doença, provavelmente definida por características herdadas geneticamente, ou seja, pessoas com forte tendência hereditária para depressão podem apresentar uma crise após uma situação de nuito estresse, como por exemplo, ficar desempregado. Porém, existe uma tendência destas crises serem desencadeadas por situações cada vez menos estressantes, até ficarem automáticas, ou seja, surgirem sem razão alguma. O risco de pais com depressão terem um filho com a mesma doença é de 75%. Outros fatores desencadeadores de crises depressivas podem ser: muitas noites sem dormir, presença de doenças crônicas (diabetes ou câncer), neurológicas (Parkinson ou Alzheimer) ou dolorosas (artrite) e algumas substâncias medicamentosas. Condições psicológicas construídas no período de crescimento da criança, a adolescência, o ambiente familiar desfavorável e a fase escolar podem contribuir para a definição de pessoas com auto-estima baixa, levando-as a não acreditarem em suas competências e habilidades, sentindo-se fragilizadas, incapazes e sem autonomia, tornando-se adultos pessimistas e propensos às doenças afetivas de um modo geral, inclusive a depressão.
SINTOMAS
A depressão pode se manifestar de várias maneiras. Os sintomas e sinais variam muito de pessoa para pessoa, porém, algumas características são observadas com maior freqüência. As principais são:
• Tristeza e/ou irritabilidade persistente durante a maior parte do dia, por muitos dias; inquietação; retraimento social;
• Desânimo, cansaço, indisposição;
• Perda de grande parte da capacidade de sentir prazer nas atividades habituais, tanto no trabalho como no lazer, incluindo o desejo e prazer sexual;
• Ansiedade, preocupação, insegurança, indecisão;
• Sentimentos de desesperança, pessimismo;
• Sentimentos de culpa, inutilidade, incapacidade, desamparo, solidão;
• Alteração no sono, tanto insônia como excesso de sono, ou acordar cansado;
• Alteração do apetite: excesso ou falta, e conseqüente ganho/perda de peso;
• Idéias de morte ou suicídio;
• Dificuldade de concentração, memória dificultada, desatenção;
• Sintomas físicos persistentes, que têm pouca melhora nos tratamentos habituais, como dor de estômago, dores crônicas (cabeça, costas, articulações), alterações intestinais sem causa orgânica definida;
• Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda de energia, preocupação excessiva com os problema;
CONSEQÜÊNCIAS E RISCOS
As principais conseqüências da depressão são os prejuízos social, pessoal, psicológico e laboral, além do risco de doenças circulatórias e do coração. A depressão distorce a visão da realidade, podendo levar a pessoa depressiva a cometer atos que habitualmente não cometeria.
PREVENÇÃO
Pode-se prevenir a depressão mantendo-se a qualidade de vida, aprendendo a conviver com o estresse e os conflitos cotidianos, sabendo lidar com as adversidades, não sucumbindo diante dessas situações. É necessário evitar o isolamento, procurando relações de parceria e cumplicidade para compartilhar os sentimentos.
TRATAMENTO
Como todo problema de saúde, o tratamento da depressão deve começar pela avaliação médica para, inicialmente, verificar a existência de outras doenças orgânicas que podem se confundir com depressão, ou que pioram o quadro depressivo. Uma avaliação mental e psicológica deve ser feita pelo médico psiquiatra e por especialistas que atuam na área do comportamento e da Psicologia. O tratamento será direcionado pelo resultado da avaliação, e seu efeito leva de duas a três semanas para aparecer. O importante é procurar tratamento medicamentoso, terapêutico, ou ambos, para aprender a lidar com a doença e vencê-la.
O deprimido deve procurar auxílio para lidar com a doença
A pessoa deprimida não deve se culpar por não conseguir sair de seu estado. A depressão toma conta da pessoa, que perde a capacidade de reagir. Ninguém fica deprimido porque quer, pois há muito sofrimento nesse estado, trazendo perdas importantes na vida. É importante procurar, além do auxílio médico e psicológico, compartilhar seus sentimentos com pessoas de sua confiança.

Fonte deste artigo: http://www.ame-sp.org.br/noticias/jornal/novas/tejornal13.shtml

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